domingo, 10 de maio de 2020

OS CRISTÃOS E A FILHA UNIGÊNITA DO DIABO

Os Cristãos e a Filha Unigênita do Diabo

Que atire a primeira pedra quem nunca mentiu na vida. Como pedra alguma será atirada - a não ser que alguém minta – cada indivíduo neste planeta terra pode ser considerado um mentiroso. Todas as pessoas, algum dia mentiram pelos mais variados motivos, e mesmo que as mentiras jamais sejam descobertas, ainda assim continuarão sendo mentiras”
SARAH SUMNERReitora do Seminário Teológico AW Tozer

                                 Nos dias atuais, um bom número de pessoas que se dizem cristãs, inadvertidamente têm aberto a porta de seus corações para a entrada da “filha do diabo”, sendo que muitos não só permite a entrada, como também a abrigam e a saúdam com prazer e alegria.
                         Este comportamento fora do padrão cristão tem influenciado de forma negativa e errônea o entendimento e a visão que a população do "mundo que jaz no maligno" faz da Igreja de Cristo. Como a imagem do Evangelho de Cristo é vista de forma totalmente distorcida, não há luz suficiente para iluminar os jazigos e despertar os que estão mortos em delitos e pecados, inclusive os abrigadores da filha unigênita do diabo.
               Esta situação deixa claro que, apesar de toda mentira violar a santidade de Deus, nos dias atuais, mentir se tornou até razoável e simples. As pessoas têm grande dificuldade em ver a mentira como um mal, pois ainda não puderam abraçar o benefício pleno da verdade que há em Cristo. Vive-se uma época em que a verdade tem sido vilipendiada pela idolatria a falsos deuses, e pela corrupção desses deuses. Na sociedade decadente  atual a palavra "pecado", em muitos momentos, se tornou um tabu. Aceita-se certos tipos de mentiras, e as consideram menores, na esperança de encobrir outras às quais julgam ser  maiores. 
            Analisando esta realidade uma pergunta é inevitável:
1 - qual deve ser a atitude dos verdadeiros discípulos de Cristo? 
          Mesmo a resposta sendo óbvia e simples, - “proclamar o verdadeiro Evangelho” - é preciso fazer tudo de forma ordenada a fim de que se possa levar o "pseudocrístão" a uma conversão real, e os habitantes das trevas ao despertamento de seu sono mortal, e para isto o conhecimento é o foco mais importante.  É preciso que se conheça a essência e a ação da 'filha do diabo', a maneira como a Bíblia lida com ela, e evidentemente, é vital o conhecimento da verdade -Jesus Cristo e sua obra vicária: -"...conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" -.            
Neste post, a proposta é o conhecimento da MENTIRA. 
       Assim como as doenças, a mentira é algo que se prolifera e  gradativamente domina aqueles que a praticam.
O escritor e professor J. Budziszewski [1] em seu livro "O Que Podemos Não Saber" mostra que existe "sete níveis de mentira ou sete graus de declínio", sobre os quais devemos refletir: 
1- NÓS MENTIMOS -  uma única mentira pode se tornar um fósforo que acende uma fogueira. A menos que confessemos a verdade sobre a nossa mentira, a estaremos usando para nossa própria proteção, para encobrir o nosso delito. 
2 - NÓS NOS AUTO PROTEGEMOS - mentimos sobre ter mentido, ou seja, quando mentimos sobre algo provavelmente iremos mentir mais adiante sobre outro algo, e assim sucessivamente, pois as mentiras são fracas e precisam de "guarda-costas". 
3 - DESENVOLVEMOS O HÁBITO DE MENTIR - quando chegamos a este nível a mentira se torna um hábito. Mentimos sobre trivialidades desde que seja para obter algum tipo de benefício.  
4 - NÓS NOS AUTO-ENGANAMOS - neste nível passamos a achar ser uma verdade as mentiras que dizemos para outras pessoas. Mentimos de forma tão eficaz chegando ao ponto de mentirmos para nós mesmos - adquirimos a capacidade de enganar a nós mesmos - . Neste nível é importante não se achar que por estarmos sendo enganados estejamos livres da punição, ou da nossa própria perversidade. 
5 - NÓS RACIONALIZAMOS A MENTIRA - neste nível, não só cremos que as mentiras são mentiras, mas as justificamos como sendo um "bem positivo". Agora, a mentira não é apenas parte da vida normal, mas uma virtude, algo que promove benefícios, salva empregos e até mesmo conquista novos espaços para o "Reino de Deus", e assim por diante. É o tipo de pensamento que contribui para o caos social, para a corrupção nas esferas de governo, algo que traz prejuízos para muitos em função da vantagem para poucos.
6 - DESENVOLVEMOS NOSSA PRÓPRIA TÉCNICA - a principal, é a  de compartimentar - separar em partes ou categorias -. 
Começamos a isolar colocações, ignorando o que foi dito em outros contextos. 
7 - ENTENDEMOS A MENTIRA COMO UMA NECESSIDADE - em nossa mente a mentira se torna uma obrigação. Neste nível acha-se, por exemplo, famílias disfuncionais nas quais os filhos, mesmo já crescidos, se submetem diante dos pais apenas para manter obscuros e escondidos os segredos da família. 
Na vida organizacional e política - pode-se aqui incluir algumas igrejas denominacionais -, esse nível de mentira permite aos líderes repetir aos subalternos que denúncias verdadeiras recebidas são apenas calúnias. É neste nível extremo, que os mentirosos são capazes de usar outras pessoas - até profetas - para distorcer a verdade.  
Fabio S. de Faria 

OBS: escrevi este texto teendo como base o artigo "OS SETE NÍVEIS DA MENTIRA" escrito por Sarah Sumner e publicado na revista         Christianity Today - no Brasil pela Cristianismo Hoje -  




  

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sábado, 2 de maio de 2020

Refletindo Em 1ª Aos Coríntios, Capítulo 13!




1ª Carta Aos Coríntios, Capítulo 13!


        O conteúdo do capítulo 13 é constituído por um hino o qual se denomina Hino à Caridade. Ele faz parte do assunto “A Ordem nos Cultos” que é composta pelos capítulos 11, 12,13, e 14. O seu contexto está inserido no tema que trata de como os cristãos deveriam se comportar em relação ao uso dos dons espirituais. Após explicar como deveria ser feito o uso destes dons durante as reuniões, o apóstolo Paulo conclui dizendo que eles deveriam aspirar aos melhores dons e explica como isto deveria ser feito: “Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”, e então ele começa a citar o hino à caridade [o amor fraternal, o ágape] o dividindo em três partes:
Versos 1 a 3 – a superioridade da caridade.
Versos 4 a 7 – as obras da caridade.
Versos 8 a 13 – a perenidade (perpetuidade) da caridade.
          Ao contrário do amor passional e egoísta, é um amor de dileção  [amor espiritual]  que quer o bem do próximo. A fonte da caridade está em Deus, que nos amou primeiro (1ª João 4.19) e entregou seu Filho para reconciliar consigo os pecadores – Dificilmente alguém dá a vida por um justo. Por um homem de bem talvez haja alguém que se disponha morrer, mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores – tornando-nos seus eleitos – Nele nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante Dele no amor – e seus filhos – Vede que manifestação de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus-.
Atribuído primeiramente a Deus, esse amor, que é a própria natureza de Deus encontra-se da mesma forma também no Filho que ama o Pai, como é amado pelo Pai, e compartilha o amor do Pai pelos homens, homens pelos quais Ele se entregou. É também o amor do Espírito Santo que o derrama no coração dos cristãos fazendo com que se cumpra neles o preceito essencial da Lei, - Deus enviando o seu próprio Filho em carne semelhante a do pecado, e em vista do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que o preceito da Lei se cumprisse em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o espírito – que é o amor a Deus e ao próximo, pois o amor aos irmãos, e até aos inimigos é a consequência necessária e a genuína prova do amor a Deus – Se alguém possuindo os bens deste mundo vê seu irmão na necessidade, e lhe fecha as entranhas, como pode permanecer nele o amor de Deus? Se alguém disser: “amo a Deus”, mas odeia o seu irmão é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar -.
Esse amor é o mandamento novo que Jesus deixou e que os seus verdadeiros discípulos não cessam de estimular. É um amor baseado na sinceridade e na humildade, no serviço e no mútuo sustento, um amor que deve ser provado por atos – Não amemos com palavras nem com a língua, mas com ações e em verdade --, um amor que deve ser observado no seguir os mandamentos do Senhor, fazendo com que a fé seja efetiva – Em Cristo Jesus, nem a circuncisão tem valor, nem a incircuncisão, mas apenas a fé agindo pela caridade, pois assim velaremos uns pelos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras.
Esse amor é o vínculo da perfeição, e se apoia no amor de Deus. A caridade não nada teme, exercendo-se na verdade concede o genuíno sentido moral abrindo a mente do homem ao conhecimento espiritual do mistério de Deus – O amor vem de Deus e todo aquele que amam nasceu de Deus e conhece a Deus – e do amor de Cristo, que ultrapassa todo entendimento.

Enfim, é a Caridade que nos faz habitar na pessoa de Cristo nos capacitando a testemunhá-lo em um mundo que jaz no maligno.

Fabio S. Faria
FONTE: Bíblia de Jerusalém.


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