sexta-feira, 26 de julho de 2019

SEM PERDÃO NÃO EXISTE AMANHÃ





Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.
Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades é acolhido como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.
Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.
Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.
Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos: certo e errado, verdade e mentira, preto e branco.
A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.
Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.
Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti a esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.
Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se reaproximar do que em fazer valer seus direitos e razões.
Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.
Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis.
Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também.
 A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.
Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não tem alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar.
Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã.

UM TEXTO DE ED RENÉ KIVITZ





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sábado, 20 de julho de 2019

JONI EARECKSON TADA: O SOFRIMENTO ME AJUDA A VER O CÉU.



JONI EARECKSON TADA: O SOFRIMENTO ME AJUDA A VER O CÉU
[“Eu costumava me perguntar por que Paulo chama as dificuldades de leves e momentâneas.  Anos de aflição abriram meus olhos para sua percepção”]
"Arquive isto, Francie, e faça cópias desta carta, você", eu disse para minha secretária sem levantar os olhos da minha mesa. "E", com um suspiro acrescentei: "por favor, você pode puxar o sofá-cama mais uma vez?"
"Você está falando sério? Novamente?"
"Mais uma vez", eu disse.
Pela quarta vez naquele dia, precisei sair da cadeira de rodas e me deitar. Então, tive que me despir para reajustar o espartilho. Respiração superficial, sudorese e uma forte pressão sanguínea sinalizavam que alguma coisa estava beliscando ou contundindo meu corpo paralisado. Enquanto minha secretária enxugava as lágrimas e desdobrava o sofá-cama do meu escritório, olhei vagamente para o teto. "Eu quero parar com isso", murmurei.
Francie balançou a cabeça e sorriu. Quando pegou a pilha de cartas da minha mesa e se preparou para sair, ela parou e se se encostou à porta. “Eu aposto que você não pode esperar pelo paraíso. Você sabe como Paulo disse: 'Nós gememos, desejando estar vestidos com nossa morada celestial' ”(2 Coríntios 5: 2).
Meus olhos umedeceram novamente, mas desta vez foram lágrimas de alívio. "Sim, vai ser ótimo."
Naquele momento, sentei-me e sonhei com o que sonhei mil vezes: a esperança do céu. 
Recitei 1ªCoríntios 15 (“O perecível deve revestir-se do imperecível”), mentalmente ensaiou uma enxurrada de outras promessas e fixou os olhos do meu coração em futuras realizações divinas. Isso era tudo que eu precisava. Abri os olhos e disse em voz alta: "Venha depressa, Senhor Jesus".
Essa experiência geralmente ocorre duas ou três vezes por semana. Aflição física e dor emocional são, francamente, parte da minha rotina diária. Mas essas dificuldades são a maneira de Deus de me ajudar a pensar sobre o futuro. E não me refiro ao futuro como um desejo de morte, muleta psicológica ou fuga da realidade - quero dizer como a verdadeira realidade.
               Olhando para os meus problemas do ponto de vista do céu, os julgamentos pareciam extraordinariamente diferentes. Quando vista de baixo, minha paralisia parece uma parede enorme e intransponível, mas quando vista de cima, a parede aparece como uma linha fina, algo que pode ser superado. Assim, descobri com satisfação, a visão panorâmica encontrada em Isaías 40:31: “Aqueles que esperam no Senhor renovarão sua força. Eles voarão sobre asas como águias; eles correrão e não se cansarão, andarão e não desmaiarão. ”
Águias superam a lei inferior da gravidade pela lei mais alta do voo, e o que é verdade para os pássaros é verdadeiro para a alma. Se você quer ver os horizontes do céu, tudo o que você precisa fazer é esticar suas asas. (Sim, você tem asas e não precisa de asas maiores e melhores; você possui tudo o que precisa para ter uma perspectiva celestial de suas provações.) Como a parede que se torna uma linha fina, você consegue ver outro lado. Foi o que aconteceu comigo naquele dia no meu consultório. Eu pude olhar além do meu “muro” para ver onde Jesus estava me levando em minha jornada espiritual.
          As escrituras nos apresentam essa perspectiva eterna. Eu gosto de chamar isso de “visão do fim do tempo”. Essa visão separa o que é transitório do que é duradouro. O que é transitório, como a dor física, não perdurará, mas o que é duradouro, como o peso eterno da glória resultante dessa dor, permanecerá para sempre.
            Como o apóstolo Paulo escreve: "Porque a nossa luz e os nossos problemas momentâneos estão alcançando para nós uma glória eterna que supera todos eles" (2Co 4:17).
                O apóstolo Pedro também escreve aos amigos cristãos que estão sendo açoitados e espancados: “Em tudo isso vocês se regozijam muito, embora agora possam ser entristecidos por um pouco de sofrimento e todos os tipos de provações” (1 Ped. 1: 6). .
                 Como se alegrar, quando você está sendo jogado para leões?
   Esse tipo de indiferença sobre o sofrimento angustiante costumava me enlouquecer. Presa em uma cadeira de rodas e olhando pela janela para os campos de nossa fazenda, eu me perguntava: Senhor, como no mundo você pode considerar meus problemas "leves e momentâneos"? Eu nunca vou andar ou correr de novo. Eu tenho um saco na perna com vazamento. Eu sinto cheiro de urina. Minhas costas doem. Eu estou presa na frente desta janela.
          Anos mais tarde, no entanto, a luz resplandeceu: Os escritores inspirados pelo Espírito da Bíblia simplesmente tinham uma perspectiva diferente, da visão do fim do tempo.
 Tim Stafford escreve: “É por isso que as Escrituras às vezes parecem tão abertamente e irritantemente sem contato com a realidade, superando grandes problemas filosóficos e agonia pessoal. É assim que a vida é quando você está olhando para o final. Perspectiva muda tudo. O que parecia tão importante na época não tem significado algum. ”
     Lembre-se, não estou dizendo que minha paralisia é luz em si mesma; só se torna leve em contraste com o peso muito maior do outro lado da escala. E embora eu normalmente não chamasse três décadas em uma cadeira de rodas “momentânea”, é quando se percebe que “você é uma névoa que aparece por um tempo e depois desaparece” (Tiago 4:14).
         Nada mudou mais radicalmente a maneira como eu olhei para o meu sofrimento do que olhar para este ponto de vantagem do fim de tempo. Quando Deus não impediu que o meu pescoço se quebrasse no meio do caminho, Ele apagou as lâmpadas da minha vida que iluminavam o "aqui e agora", e o tornou em algo cativante.
                 O escuro desespero da paralisia total e permanente que se seguiu não foi muito divertido, mas certamente fez o céu ganhar vida. E um dia, quando nosso Noivo voltar - provavelmente quando eu estiver bem no meio do meu sofá do escritório pela enésima vez - Deus irá abrir as persianas do céu. Não tenho a menor dúvida de que ficarei fantasticamente mais animada e pronta para isso do que se estivesse de pé.
Enquanto isso, o sofrimento apressa meu coração a desejar ir para casa.

Joni Eareckson Tada, é autora de mais de 50 livros, incluindo sua autobiografia best-seller, Joni . Ela e seu marido, Ken, moram na Califórnia.

 Copyright © 2018 por Joni Eareckson Tada. Usado com permissão de Zondervan. www.zondervan.com.

[Tradução formatada e corrigida por Fabio S. de Faria]




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terça-feira, 2 de julho de 2019

FAZE-NOS UM DEUS - "ÊXODO 32 NA IGREJA ATUAL : UMA REFLEXÃO"!


                   
           Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha, congregaram-se em torno de Aarão e lhe disse: VAMOS, FAZE-NOS UM DEUS QUE VÁ A NOSSA FRENTE, PORQUE A ESSE MOISÉS, A ESSE HOMEM QUE NOS FEZ SUBIR DA TERRA DO EGITO, NÃO SABEMOS O QUE LHE ACONTECEU”. Aarão respondeu-lhes: ‘tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e filhas, e trazei-os’. Então todo o povo tirou das orelhas os brincos e o trouxeram a Aarão. Este recebeu o ouro das suas mãos, o fez fundir em um molde e fabricou com ele uma estátua de bezerro. Então exclamaram: ‘Este é o Deus ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito’. Quando Aarão viu isso, edificou um altar diante da estátua e fez esta proclamação: ‘Amanhã será festa para Yaveh’. No dia seguinte, levantaram-se cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram sacrifícios de comunhão. O povo assentou-se para comer e para beber, depois se levantou para divertir-se [Ex 32.1 a 6].
                   O texto acima relata um dos vários momentos em que o povo hebreu demonstrou falta de confiança naquele que com braço forte os havia libertado da escravidão, condição em que viveram durante 400 anos. 
       Eles presenciaram as 10 pragas às quais Deus submeteu o povo egípcio demonstrando ser superior aos dez deuses adorados por eles; presenciaram a abertura do mar por onde puderam atravessar a seco, mas que após sua passagem se fechou e submergiu o exército de faraó; presenciou a água brotar da rocha; porém, não conseguiam crer em um deus não visível, um deus não palpável. O importante para aquele povo, o povo de Deus, era ter condições de olhar e apalpar algo ou alguém que pudessem chamar de seu deus, e por isso praticamente ordenaram a Aarão: “FAZE-NOS UM DEUS QUE VÁ A NOSSA FRENTE”.
               Mais de três mil anos se passaram, mas tal qual o povo de Deus daquela época, o atual povo de Deus, um bom contingente de cristãos do século XXI, mesmo conhecendo o sacrifício de Jesus Cristo, mesmo tendo nas mãos a Palavra de Deus – Bíblia -, mesmo sendo o Templo do Espírito Santo, mesmo vivendo no tempo da Graça, também pensa da mesma forma, ou seja, está o tempo todo dizendo: FAZE-NOS UM DEUS! 
               Faze-nos um deus para governar, faze-nos um deus que nos dê um bom emprego, faze-nos um deus que nos ajude a vender nosso produto, faze-nos um deus que nos propicie viajar no período das férias, faze-nos um deus que nos ofereça condições financeiras de criar nossos filhos com conforto e comodidade, faze-nos um deus que nos brinde com a casa própria, faze-nos um deus que nos ofereça polpudos cartões de crédito, faze-nos um deus que nos faça sonhar com os números da Mega-Sena, etc. etc. etc.

          Durante 400 anos os hebreus viveram como escravos na terra do Egito, mas no momento em que foram libertos, sem que precisasse fazer qualquer esforço foram incapazes de parar e pensar no presente recebido. Não se dignaram a confiar em seu libertador, e muito menos souberam esperar a hora certa de tomar posse da terra que lhes fora prometida, a terra que mana leite e mel. 
             Para boa parte dos cristãos do século XXI a história não é diferente, ou seja, após ser gratuitamente justificados do pecado, não conseguem refletir e dimensionar a grandiosidade do presente recebido, e tal qual os hebreus no deserto, querem aqui e agora a posse da terra que mana leite e mel, cada qual a sua maneira. 
           Existe uns que preferem somente o mel, outros apenas o leite, outros os prefere misturados; uns querem pela manhã, outros no período noturno, uns individualmente, outros coletivamente, porém em nenhum momento atentam para o que a Bíblia registra na 2ª carta de Pedro: O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se",  a cada dia aumentam o tom da voz a dizer: 
“FAZE-NOS UM DEUS QUE VÁ A NOSSA FRENTE, PORQUE A ESSE JESUS, A ESSE HOMEM QUE NOS FEZ A PROMESSA DA VIDA ETERNA, NÃO SABEMOS O QUE LHE ACONTECEU”.
Fabio Silveira de Faria em 02/07/2019.







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