sábado, 2 de maio de 2020

Refletindo Em 1ª Aos Coríntios, Capítulo 13!




1ª Carta Aos Coríntios, Capítulo 13!


        O conteúdo do capítulo 13 é constituído por um hino o qual se denomina Hino à Caridade. Ele faz parte do assunto “A Ordem nos Cultos” que é composta pelos capítulos 11, 12,13, e 14. O seu contexto está inserido no tema que trata de como os cristãos deveriam se comportar em relação ao uso dos dons espirituais. Após explicar como deveria ser feito o uso destes dons durante as reuniões, o apóstolo Paulo conclui dizendo que eles deveriam aspirar aos melhores dons e explica como isto deveria ser feito: “Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”, e então ele começa a citar o hino à caridade [o amor fraternal, o ágape] o dividindo em três partes:
Versos 1 a 3 – a superioridade da caridade.
Versos 4 a 7 – as obras da caridade.
Versos 8 a 13 – a perenidade (perpetuidade) da caridade.
          Ao contrário do amor passional e egoísta, é um amor de dileção  [amor espiritual]  que quer o bem do próximo. A fonte da caridade está em Deus, que nos amou primeiro (1ª João 4.19) e entregou seu Filho para reconciliar consigo os pecadores – Dificilmente alguém dá a vida por um justo. Por um homem de bem talvez haja alguém que se disponha morrer, mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores – tornando-nos seus eleitos – Nele nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante Dele no amor – e seus filhos – Vede que manifestação de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus-.
Atribuído primeiramente a Deus, esse amor, que é a própria natureza de Deus encontra-se da mesma forma também no Filho que ama o Pai, como é amado pelo Pai, e compartilha o amor do Pai pelos homens, homens pelos quais Ele se entregou. É também o amor do Espírito Santo que o derrama no coração dos cristãos fazendo com que se cumpra neles o preceito essencial da Lei, - Deus enviando o seu próprio Filho em carne semelhante a do pecado, e em vista do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que o preceito da Lei se cumprisse em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o espírito – que é o amor a Deus e ao próximo, pois o amor aos irmãos, e até aos inimigos é a consequência necessária e a genuína prova do amor a Deus – Se alguém possuindo os bens deste mundo vê seu irmão na necessidade, e lhe fecha as entranhas, como pode permanecer nele o amor de Deus? Se alguém disser: “amo a Deus”, mas odeia o seu irmão é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar -.
Esse amor é o mandamento novo que Jesus deixou e que os seus verdadeiros discípulos não cessam de estimular. É um amor baseado na sinceridade e na humildade, no serviço e no mútuo sustento, um amor que deve ser provado por atos – Não amemos com palavras nem com a língua, mas com ações e em verdade --, um amor que deve ser observado no seguir os mandamentos do Senhor, fazendo com que a fé seja efetiva – Em Cristo Jesus, nem a circuncisão tem valor, nem a incircuncisão, mas apenas a fé agindo pela caridade, pois assim velaremos uns pelos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras.
Esse amor é o vínculo da perfeição, e se apoia no amor de Deus. A caridade não nada teme, exercendo-se na verdade concede o genuíno sentido moral abrindo a mente do homem ao conhecimento espiritual do mistério de Deus – O amor vem de Deus e todo aquele que amam nasceu de Deus e conhece a Deus – e do amor de Cristo, que ultrapassa todo entendimento.

Enfim, é a Caridade que nos faz habitar na pessoa de Cristo nos capacitando a testemunhá-lo em um mundo que jaz no maligno.

Fabio S. Faria
FONTE: Bíblia de Jerusalém.


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