ESTÃO
COLOCADOS EM LETRAS MAIÚSCULAS OS TEXTOS ONDE É MOSTRADA A IMPORTÂNCIA DA
ESCOLA DOMINICAL NA DIMINUIÇÃO DA TAXA DE CRIMINALIDADE!
A
Escola Dominical, como criação de cristãos evangélicos, tem sido reclamada para
diversas pessoas, muitas delas metodistas, devido a própria visão social que o
Grande Despertamento fazia revelar-se nos líderes avivalistas.
John
Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórgia, em 1737. Entre
1763 e 1769, Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos
dominicais em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja
(Anglicana) High Wycombe. Na década de 1770, o Ministro Unitariano Theophilus
Lindsey proveu lições bíblicas dominicais em sua igreja, a Capela da Rua Essex,
em Londres. O Rev. J. M. Moffatt,, Ministro Independente de Nailsworth, passou
a lecionar estudos bíblicos dominicais já em 1774. Em Ephata, Pennsylvania, em
Washington, no Estado de Connecticut, no início de 1780 já se usavam o
Catecismo de Westminster e a Bíblia em estudos bíblicos dominicais das igrejas
presbiterianas. Howard J. Harris declarou que, em 1780, estudos bíblicos
dominicais eram feitos em cidades de Gloucester e em vilas da Inglaterra, como
Painswick e Dursley. E um ministro metodista de Charleston, Carolina do Sul, em
1787, chamado George Daughaday, administrou estudos bíblicos dominicais a
crianças negras americanas.
MAS
O MOVIMENTO DE ESCOLA DOMINICAL, PROPRIAMENTE DITO, TEVE COMO CRIADOR ROBERT
RAIKES.
[Robert
Raikes (14 de Setembro de 1735-5 de Abril de 1811), filho de Robert e Mary
Raikes, foi quem originou o Movimento de Escola Dominical.]
Anglicano,
Raikes foi batizado na infância na Igreja (Anglicana) de Santa Maria da Cripta
e educado na Escola da Cripta, ambos na Rua Southgate, em Gloucester, e, mais
tarde, na Escola dos Reis. Tornou-se aprendiz de Jornalismo com seu pai, dono
do Diário de Gloucester. Quando seu pai faleceu, em 1757, Raikes assumiu a editoria
do jornal, aumentando o tamanho do jornal e melhorando o layout.
RAIKES
SE INTERESSAVA PELA REFORMA PRISIONAL INGLESA, POR CAUSA DAS CONDIÇÕES
TERRÍVEIS ÀS QUAIS OS PRESOS ERAM SUBMETIDOS.
Certo
dia, procurando um jardineiro na Rua Saint Catherine, no bairro de Sooty Alley,
ele encontrou um grupo de crianças maltrapilhas brincando na rua. A esposa do
jardineiro disse, então, que aos domingos a situação era pior, pois as crianças
que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, durante horas muito longas,
ficavam desocupadas nesse dia, quase abandonadas, passando o tempo brincando,
brigando e aprendendo toda espécie de vícios. Elas extravasavam toda sorte de
violência nesse dia. Essas crianças constatou Raikes, estavam a um passo do
mundo do crime e ele chegou a ver o destino de muitas delas, ao visitar as
prisões de Gloucester.
Raikes
resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Então,
Raikes contratou uma equipe de quatro mulheres no bairro para lecionar,
recebendo um xelim e seis pence, cada uma. Com a ajuda do Rev. Thomas Stock,
Ministro Anglicano, Raikes pôde logo associar cem crianças, de seis aos doze ou
quatorze anos, nestas escolas dominicais. A primeira foi instalada na Rua Saint
Catherine. Seu objetivo principal não era ensinar a Bíblia, mas alfabetizar os
alunos e ministrar aulas de religião com o propósito de reformar a sociedade.
O
objetivo último era modificar-lhes o caráter usando os ensinamentos bíblicos.
Assim,
a Escola Dominical nasceu como um instituto bíblico infantil, operando de forma
independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bíblia às crianças
carentes. Algumas crianças, a princípio, relutaram em vir para as escolas
porque as suas roupas estavam tão rotas, mas Raikes providenciou tudo de que
eles precisavam, inclusive banho e cabelos penteados.
As
aulas começavam às 10 horas da manhã e iam até as duas da tarde, com lições de
matemática, história e inglês, com um intervalo de uma hora para o almoço. Eles
eram levados então à igreja para serem instruídos no catecismo até as 17:30 h.
Recebiam pequenas recompensas, como livros, canetas, jogos, aqueles que
tivessem dominado a lição ou aqueles cujo comportamento tivessem mostrado uma
melhoria notável. Entrementes, recebiam castigo corporal aqueles de mau comportamento,
como era do costume pedagógico da época.
Depois
de um período experimental, Raikes divulgou suas ideia e os resultados em seu
jornal, no dia 3 de Novembro de 1783, data em que se comemora, na Grã-Bretanha,
o dia da Fundação da Escola Dominical. Esta experiência foi transcrita em
outros jornais. Líderes religiosos tomaram conhecimento do movimento que se
espalhava.
Em
1784, eram 250 mil alunos matriculados.
A TAXA DE CRIMINALIDADE DE GLOUCESTER
CAIU COM O ADVENTO DAS ESCOLAS DOMINICAIS DE RAIKES, DE FORMA QUE EM 1792 NÃO
HOUVE UM SÓ CASO JULGADO PELA COMARCA DE GLOUCESTER.
O
trabalho de Raikes foi saudado com entusiasmo, e em breve, escolas dominicais
já estavam sendo criadas em todo o Reino Unido e exportadas para os Estados
Unidos. Seu trabalho foi muito assessorado pelo comerciante William Fox
(1736-1826), diácono da Igreja Batista da Rua Prescott, em Londres.
IMPRESSIONADO
PELAS ESCOLAS DOMINICAIS FUNDADAS POR RAIKES QUE ERAM RESPONSÁVEIS PELA REDUÇÃO
DO ÍNDICE DE CRIMINALIDADE DE GLOUCESTER, FOX CHAMOU RAIKES PARA FORMAR UMA
ASSOCIAÇÃO PARA PROMOÇÃO E CRIAÇÃO DE ESCOLAS DOMINICAIS.
Então,em 1785 foi
criado a Sunday School Society of Great Britain (Sociedade da Escola Dominical
da Grã-Bretanha), com o apoio dos bispos anglicanos de Chester e Salisbury.
Essa sociedade foi ajudada por muitos filantropos, podendo abrir cerca de
trezentas escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e
professores. Esta sociedade publicou, na gráfica de Raikes, o Sunday School
Companion, livro com versículos bíblicos para leitura. Em 1787, segundo
depoimento de Samuel Glasse, 200 mil crianças eram alunas da Escola Dominical
em toda a Inglaterra.
Houve,
no entanto, uma forte oposição ao movimento de Raikes, que era considerado por
alguns líderes religiosos como um movimento diabólico, porque era à parte das
Igrejas e era dirigido por leigos, isto é, pessoas que não tinham formação
religiosa. O Arcebispo de Canterbury reuniu os bispos para considerar o que
deveria ser feito para exterminar o movimento. Chegou-se a pedir que o
Parlamento, em 1800, aprovasse um decreto para proibir o funcionamento de
escolas dominicais. Achavam que este movimento levaria à desunião da Igreja e
que profanava “o dia do Senhor”. Tal decreto nunca foi aprovado.
Em
1802, Raikes se aposentou, e, em 1811, após um ataque de coração, veio a
falecer. Seus alunos vieram ao funeral, na Igreja (Anglicana) de Santa Maria do
Filão e receberam da Sra. Raikes um xelim e uma fatia de um grande bolo de
ameixa cada um. Quando Raikes faleceu, quatrocentos mil alunos estavam
matriculados nas diversas escolas dominicais britânicas. Nesse ano ocorreu a
divisão em classes, possibilitando alfabetização de adultos.
FABIO S. FARIA
Em
1802, Raikes se aposentou, e, em 1811, após um ataque de coração, veio a
falecer. Seus alunos vieram ao funeral, na Igreja (Anglicana) de Santa Maria do
Filão e receberam da Sra. Raikes um xelim e uma fatia de um grande bolo de
ameixa cada um. Quando Raikes faleceu, quatrocentos mil alunos estavam
matriculados nas diversas escolas dominicais britânicas. Nesse ano ocorreu a
divisão em classes, possibilitando alfabetização de adultos.
Bela matéria! Que Deus abençoe este blog.
ResponderExcluirObrigado meu querido irmão Diego de Lucca.
ResponderExcluir"A palavra convence, mas o exemplo arrasta multidões". Dizem que é frase de Confúcio, mas não há confirmação sobre isso...
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