Em meus não poucos anos de vivencia em conformidade com os padrões estabelecidos pela filosofia e determinados pelo método sistemático predominante no mundo, uma das formas de manifestar concordância a esse modus vivendi era a de se juntar aos amigos em uma roda de cantoria desafinada regada a muita cerveja.
Nessas cantorias, o ecletismo não faz parte do cardápio, pois,
normalmente o gosto musical é diretamente proporcional ao álcool ingerido.
Quanto mais álcool, mais sentimentais e apaixonados as pessoas se tornam, e nesse
momento certas músicas são obrigatórias.
Pouco antes do adeus a essa prática havia uma música que
figurava entre as minhas preferidas, e, hoje doze anos depois, sua lembrança se
tornou forte por consequência do recebimento via E- mail de um estudo bíblico com
o título “Alcançando a minha vitória”.
O autor através do evangelho de Marcos (1.40-42: a cura do
leproso) explica que nós como homens estamos suscetíveis a problemas, conflitos,
enfermidades e outras aflições, que nos solapam, e, primam por nos tirar da
rota da bênção. Diante de tais realidades, para alcançarmos nossa vitória
precisamos tomar algumas atitudes. Após citar e explanar cada uma delas conclui
afirmando que o leproso nos ensina o caminho para alcançarmos a vitória e
sermos respondidos por Cristo. Que não é querer de Deus, ver seus filhos
sofrendo e enfrentando lutas e dificuldades. Contudo, não estaremos livres de
passar por elas, e, nesse momento nós iremos precisar da resposta do Senhor. Se
tivermos fé e crer, nossa história poderá ser mudada. Se nos colocarmos aos pés
daquele que tem todo o poder nos céus e na terra, e, de forma clara apresentar
a ele nossas necessidades, dos céus nos ouvirá e, segundo a sua soberana e
perfeita vontade não deixará de nos responder. Ele tem o poder para mudar a
história de nossa vida.
Ao findar a leitura do texto, me lembrei das inúmeras vezes, quando participava das campanhas visando resolver os problemas que me afligiam, sempre ouvia essa afirmativa: “ele irá mudar sua vida”, e as lembranças me
levaram a constatar que até hoje continua a ser omitido nos ensinos bíblicos a
real missão de Jesus.
A resolução dos problemas pessoais é sempre vista como a prioridade,
enquanto a libertação do poder do pecado fica em um segundo plano. Sempre se
ensina uma série de passos a serem dados para que a mudança ocorra, sendo que
ela terá como testificação uma transformação externa, ou seja, as pessoas não
irão mudar a forma de olhar, pensar e amar a vida.
A constatação é que me fez recordar a música, pois, assim
como eu, à época das campanhas, há hoje muitas pessoas que estão nas igrejas e ainda
não provaram da Graça de Deus. Por isso, quando estão fora de alcance dos olhares
alheios fazem uma paráfrase da bela canção escrita por Moacir Franco: “Seu amor
ainda é tudo”.
A sós com o PECADO prestam-lhe tributo cantando baixinho:
A sós com o PECADO prestam-lhe tributo cantando baixinho:
“Muito prazer em revê-lo, você está bonito, muito elegante mais
jovem e tão cheio de vida. A minha boca diz glorias a Deus, rejeita o seu
nome, mas meus dedos com firmeza têm discado o seu telefone.”
“É meu caro, mudei minha cara, mas por dentro eu não mudo; a
busca por prazeres não pára; é uma doença que não sara; meu amor por você ainda
é tudo, tudo...”
Goiânia, 11 de fevereiro de 2012.
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