quinta-feira, 24 de março de 2016

A CEIA DO SENHOR!




A CEIA DO SENHOR!
A "ceia do Senhor" foi instituída pelo mandamento de Cristo e também por seu exemplo.
Na noite anterior à sua morte, Cristo reuniu seus discípulos para comer com a refeição da Páscoa [ Leia Mateus 26.26 a 29; Marcos 15.22 a 25; Lucas 22.17 a 20], e devido a ceia ter sido celebrada em ligação com a Páscoa, podemos presumir que o pão era sem fermento.
Jesus agradeceu (eucharisteo, de onde vem a palavra “eucaristia”) a refeição. O fato de a instituição da “ceia do Senhor” estar ligada à refeição da Páscoa está evidente na expressão “depois de haver ceado” [1ªCo 11,25], o jantar da Páscoa. É praticamente certo que a 1ª carta aos coríntios foi escrito antes dos evangelhos, o que significa que o relato de Paulo é o mais antigo que temos da instituição da “ceia do Senhor”!
O SIGNIFICADO DA CEIA DO SENHOR!
O objetivo inicial da "ceia do Senhor" foi a comunhão em torno de uma mesa, compartilhando uma refeição. Enquanto os cristãos comiam o pão e bebiam o vinho, deviam recordar a presença do Senhor com as palavras "em memória de mim" [1Co 11.24]
Recordar significa transportar para o presente uma ação do passado de tal modo que sua força e vitalidade originais não se percam. É uma rememoração da vida e morte do Senhor!
Assim como a Páscoa era o meio que, de modo dinâmico, permitia aos judeus reviver a experiência dos seus antepassados no Egito, a "ceia do Senhor" leva os cristãos de volta para as cenas da redenção do Senhor, fazendo com que eles memorizem e experimentem novamente as bênçãos da sua paixão.
O pão simboliza sua vida sem pecado, que o qualificou para ser um sacrifício perfeito pelo pecado. Representa o seu corpo, sobre o qual ele de fato levou nossos pecados na cruz [1Pe 2.24]. Seu sangue derramado é representado pelo vinho. Os cristãos devem ver esses elementos como meios de serem levados de volta às cenas da morte do Senhor. 
A participação do cristão na "ceia do Senhor" demonstra sua resposta ao amor do Senhor, que carregou a cruz!
O ATO DA CEIA DO SENHOR
A “ceia do Senhor”, basicamente, é um anúncio do Evangelho,  [1ª Co 11: 26], um sermão pregado pela Igreja, em silêncio. A “ceia do Senhor” costuma despertar a expectativa da segunda vinda, conforme o relato de Mateus 26:29. Assim, ela aponta além de si mesma para a esperança futura do Reino de Deus.
Quando os cristãos participam da “ceia do Senhor” são lembrados da unidade do corpo de Cristo e da comunhão que têm entre si.
O ato é tão simples  e até uma criança que crê pode participar com compreensão do que acontece; mas, também apresenta tantas ramificações doutrinárias que até o cristão mais maduro pode não entender  completamente o seu sentido.

A PRÁTICA DA CEIA DO SENHOR
 A Igreja foi instruída a continuar celebrando a “ceia do Senhor” [1ªCo 11:24], sempre lembrando que ela confere uma ênfase necessária na morte e na ressurreição do Senhor que firmou a nova aliança [1ª Co 11: 25 – ver também Jr 31: 31 a 34].
Não há diretrizes específicas sobre quando a “ceia do Senhor” deve ser observada. As implicações do Novo Testamento, porém, levam-nos  a perceber que ela era celebrada com regularidade, e muitas vezes, normalmente no primeiro dia da semana [Atos 20.7].
Assim, pelo ensino e pela prática dos apóstolos, o passado, o presente e o futuro se unem em uma só festa sagrada e alegre da “ceia do Senhor”. De fato, nesse ato se expressa tudo o que o cristianismo significa. Um só senhor encarnado, vitorioso e agente da expiação é o resumo e a essência do gesto.
Vemos na “ceia do Senhor” a inter-relação dramatizada entre as relações humanas e o relacionamento com Deus. A essência da experiência está na comunhão e na adoração, na refeição comunitária e, ao mesmo tempo, na recordação da morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor.


FONTE: MANUAL BÍBLICO VIDA NOVA edição 2001.




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