domingo, 4 de agosto de 2013

O PECADO É O CASTIGO DO PECADO.





"Esta dura sentença é uma das afirmações deste africano convertido na Europa aos 33 anos, chamado Aurélio Agostinho, mais conhecido como Santo  Agostinho. Ele viveu de 354 a 430"

De que maneira o pecado é o castigo do pecado?

O castigo do pecado é o vício do pecado. Pecou-se tantas vezes, apesar de todas as advertências e dos lampejos de graça, que, agora não há como deixar o pecado. Caiu-se na gaiola e a chave se perdeu. 
Antes de Agostinho, o anjo disse solenemente ao apóstolo João: "e quando chegar aquele tempo, todos os que praticam o mal praticarão cada vez mais; aquele que é imundo se tornará cada vez mais depravado... " (Ap 22.11).
Se a passagem de Apocalipse dá a entender que este castigo do pecado é futuro, outros textos demonstram que ele já tem sido usado por Deus. 
Veja-se, por exemplo,  o pecado como ação e como castigo na época do exílio babilônico: "na esperança de que se afastassem horrorizados, deixei que eles se afundassem no pecado. Eles chegaram a oferecer seus primeiros filhos como sacrifício aos ídolos. Isso aconteceu para que ficassem cheios de pavor e reconhecessem que eu sou o Senhor" (Ez 20.26).
          Quando não briga mais com o pecador impenitente e o deixa fazer tudo que ele quer, Deus não está poupando esta pessoa, mas punindo-a com o pecado!
           A passagem mais clara da Bíblia - e a mais terrível - que dá toda razão a Agostinho encontra-se no primeiro capítulo da carta aos Romanos. A expressão "Deus entregou" aparece três vezes seguidas, o que indica uma permissão para que sigam o curso normal no qual remam o que coincide com o termo seguinte: "aos desejos do coração deles”. "DESEJOS" aí se referem à 'vontade pessoal'', que está ligada à impureza e desonra dos corpos. 
Examine cada uma:
- "Deus entregou os seres humanos aos desejos dos corações deles para fazerem coisas sujas e para terem relações vergonhosas uns com os outros." (1.24). "
2 - "Por causa das coisas que estas pessoas fazem, Deus as entregou a paixões vergonhosas, pois até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres, se queimam de paixão uns pelos outros, e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa de seus erros" (1.26-27)."
3 - "E, como não querem saber do verdadeiro conhecimento a respeito de Deus, ELE os entregou aos seus maus pensamentos, de modo que fazem o que não devem (1.28)."
            que acontece hoje, o que vemos hoje, o que ouvimos hoje dão uma tremenda força à sentença de Agostinho: <<o pecado é o castigo do pecado >>. 
 Há quarenta anos - junho de 1969 - a partir de um incidente em um bar de Manhatan em Nova York, entre a polícia e homossexuais, o movimento gay vem generalizando o homossexualismo, o machismo e o feminismo. Isso mudou da água para o vinho os costumes, as concepções de certo e errado, e as normas religiosas. 
A historiadora Elizabeth Fox-Genovese  mostra que dentro de um período extraordinariamente pequeno ocorreu uma transformação cataclísmica da própria natureza e sociedade. Peter Jones, doutor em teologia pelo Seminário Teológico de Princeton, um especialista em paganismo, vaticina que todas as manifestações que considerarem a heterossexualidade normal serão tidas como ilegais e absurdas, e o cristão será considerado um fora da lei. Ele conta que "quinze grupos cristãos católicos e protestantes foram expulsos do campus da Vanderbilt, no Tenesse, por se recusarem, em princípio, a permitirem gays em sua liderança". Um jornalista do canal de notícias Fox News declarou que, "aqueles que se opõem ao casamento entre indivíduos do mesmo sexo estão do lado errado da história". 
         Coerente com a teologia de Paulo, o abandono das relações naturais não foi a gota d'água, mas o resultado de condutas mais ousadas ainda, como, por exemplo trocar "a verdade sobre Deus,  pela mentira"; adorar e servir às coisas que Deus criou e não ao próprio Deus. (1.25)
      
 “ Não há muita diferença entre Paulo e Agostinho: o primeiro diz que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23), e o segundo exclama que o castigo do pecado é o pecado ”!

          Morte e pecado sempre foram irmãos gêmeos, e sobre isso diz o linguista Ronaldo Lidório: "no entanto é interessante notar que estas fortes afirmações paulinas vêm logo após ele expressar que o Evangelho 'é o poder de Deus para salvar os que creem' (Rm 1.16), e, isso deixa bem claro que não se trata de uma acusação gratuita, ou para observação da degradação humana, mas de uma constatação de que a epaggelia  - promessa do Messias que está no primeiro verso do mesmo capítulo - agora cumprida no euaggelion - que é Jesus - é suficiente para salvar a todo aquele que crê, independente do nível de separação entre Deus e o Homem".

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Fonte:

<<Revista Ultimato número 343 [ julho-agosto de 2013 ], página 16>>


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