sábado, 20 de abril de 2013

A ESTAÇÃO FINAL






Na condição normal, como habitante das trevas o homem vive a indagar: 
"QUEM SOU?". "PORQUE ESTOU AQUI?". "PARA ONDE VOU?".

Por mais que procure, por mais que adquira conhecimento, a resposta, e o sentimento interior, são sempre os mesmos: 

"NÃO SEI PORQUÊ, NEM PARA QUÊ, MUITO MENOS POR QUEM OU PARA QUEM FAÇO." 


                        Vivo uma guerra sem motivos, uma luta inglória, um sofrimento inútil. Sou uma árvore sem frutos, um pássaro sem ninho, um time sem torcida, uma torcida sem time. O futuro é incerto e vazio; o presente sem razão; ambos se apoiando nas recordações de um frustrado passado e sendo todos passageiros de um trem vazio sem ninguém a espera na estação final.


No dia que esse homem conhece a Jesus, e é tocado pela graça de Deus liberada na ENCARNAÇÃO, CRUCIFICAÇÃO E RESSURREIÇÃO [obra da cruz], ele entende sua condição de peregrino nesta terra, e sua vida nela como uma longa viagem em direção à "estação final" situada na pátria celestial.
 O entendimento se torna mais claro quando se faz uma analogia dessa viagem, a uma viagem de trem, pois, a viagem de trem, além de ser a mais segura, é também a mais poética. Ao viajar de trem, vários tipos de paisagem se descortinam diante dos olhos; é mostrado que assim como na vida terrena, se sobe, e se desce montanhas; caminha-se por verdes e por secos vales; pequenos e grandes rios são atravessados; há momentos de calor e momentos de frio. 
A cada lugar que o trem faz parada, embarcam e desembarcam pessoas, e ao se comparar cada intervalo entre esses locais de parada, como sendo um ano de vida terrena, irá se constatar que a cada "estação" situações diferentes são presenciadas, novidades são vivenciadas, novas pessoas são conhecidas, muitas pessoas deixam de serem vistas.
 A cada mudança de situação, a cada nova paisagem surgida, ou seja, a cada ano ou "estação", a viagem chega mais perto do fim.
Quando se viaja de trem vive-se momentos alegres e tristes, porém há algo que traz uma alegria diferente, transformadora: -- saber que na "estação final" há alguém especial à espera, podendo ser os pais, os irmãos, o noivo (a), o esposo (a), amigos, etc.-- 
Este saber proporciona uma alegria fulgurante, fazendo que até o feio se torne bonito.
 Os campos verdes são mais verdes, e os secos não mais secos, apenas passam por uma pequena escassez de chuva; o vento frio é para amenizar o calor, o sol quente para aquecer o vento frio.
 Não há monotonia e o intermitente barulho das rodas sobre os trilhos é como o acorde de uma bela sinfonia. 

O novo homem quando entende que sua "estação final" é na pátria celestial, e que nela, Jesus o Senhor e Salvador está a sua espera juntamente com o Pai, torna-se sabedor do "PORQUÊ", "PARA QUÊ", "PARA QUEM" e "POR QUEM"!
A guerra tem motivos, a luta é gloriosa, o sofrimento aperfeiçoador. As árvores dão frutos, os pássaros possuem ninhos, a torcida comemora títulos, e, assim como o apóstolo Paulo (capítulo 3 da epístola aos filipenses) também pode afirmar que o "passado" com suas intempéries para trás ficou e no "presente" pode prosseguir com firmeza, pois está ciente e consciente que no "futuro", na "estação final" o seu alvo, o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus está a sua espera.


Que a cada dia, cada hora, cada minuto e cada segundo, todos saibam agradecer a Deus por proporcionar essa viagem, sem esquecer que:

"TODA CARNE É COMO A ERVA E TODA SUA GLÓRIA COMO A FLOR DA ERVA. SECA-SE A ERVA E CAI SUA FLOR. SOMENTE A PALAVRA DO SENHOR PERMANECE ETERNAMENTE"  [1ª Pedro 1.24].

Por Fabio S Faria





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