Hoje,dia 22 de junho tive o prazer de de receber pelo 'face' via " http://www.facebook.com/CristaosBiblicos" esta linda frase de Martin LLoyd-Jones que reproduzi acima, e via e-mail este maravilhoso artigo do Mauricio Zágari, o qual compartilho abaixo. Tanto a frase quanto o artigo demonstram a minha visão e entendimento.
Fabio S. Faria
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Assisti absolutamente estarrecido aos
telejornais na sexta-feira passada. As imagens da barbárie que foi a violência
em diferentes cidades do Brasil, com atos de vandalismo, depredações, ofensas,
agressões, confrontos, roubos de lojas, ataques a bancos e o cerceamento do
direito de ir e vir dos cidadãos de bem me deixaram paralisado e de olhos
marejados. O país que eu amo está em uma guerra civil descontrolada. Quando
manifestações pacíficas por causas sociais justas degringolam e viram um caos
primitivo e sanguinário é sinal de que o país precisa urgentemente de socorro.
Assisti ao pronunciamento de nossa presidenta, em cadeia nacional de rádio e
TV, em que ela desfilou uma lista bastante colorida de ações que pretende tomar
para resolver os problemas. Achei tudo ótimo. Afinal, quem não gostaria, por
exemplo, de ver todos os royalties do petróleo destinados à educação? Sou filho
de professores do estado aposentados, há décadas anseio por escolas públicas
melhores. Em 1987 fui às ruas - em manifestações pacíficas - pedir por isso e
pela meia passagem para estudantes. Eu fui um cara-pintada da era Collor. Só
que, depois de ouvir as possíveis soluções de nossa presidenta com um pouquinho
de alegria dentro de mim, meu lado reflexivo me lembrou de uma triste
realidade: nada do que ela propõe vai resolver nada.
Parei para pensar, quando terminou o show dos telejornais, que o que
está acontecendo pelo Brasil afora não é um "a que ponto chegamos",
mas sim um "e lá vamos nós de novo". O que vi na TV foi Caim matando
Abel. Sodoma se corrompendo. Exércitos destroçando os povos vizinhos na antiga
Palestina. Davi assassinando Urias. Diná sendo estuprada. Sansão estraçalhando
filisteus. A Babilônia pondo Jerusalém abaixo. Jefté matando a própria filha.
Jael cravando a cabeça de Sísera no chão com uma estaca. Jacó enganando seu
irmão e seu pai e sendo enganado pelo sogro. Os irmãos vendendo José como
escravo. Os primeiros cristãos sendo atirados aos leões. Inocentes queimados na
fogueira da Inquisição. A igreja corrupta vendendo indulgências. As guerras
entre católicos e protestantes. O papa de Roma amaldiçoando o patriarca de
Constantinopla e o patriarca amaldiçoando o papa. As trevas da Idade Média. A
corrupção do clero. O holocausto nazista. As invasões bárbaras. A Jihad
islâmica. O martírio dos huguenotes na Guanabara. Índios dizimados. Negros
escravizados. Pedofilia de padres. Teologia da Prosperidade de pastores. Gays
querendo matar cristãos e cristãos querendo apedrejar gays. Cristãos ofendendo
cristãos nas redes sociais.
Sim, minha conclusão, ao final dos telejornais, foi a mesma de Salomão
três mil anos atrás: "O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se
tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se
possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de
nós." (Ec 1.9-10). Porque tudo o que está acontecendo no Brasil tem uma
única causa, uma única explicação, uma única origem. Que é a mesma para toda
essa lista de barbaridades e atos de violência que ocorrem desde que um homem
chamado Adão e uma mulher chamada Eva caminharam sobre a terra:
Pecado.
Fiquei estarrecido, chocado, emocionado e abatido por tudo o que vi na
TV. Mas não fiquei surpreso. Pois, sei bem do que nós, seres humanos somos
capazes. Eu e você somos portadores dessa gangrena espiritual chamada pecado,
que gera em nós sintomas como os que estão se manifestando entre as hordas de
monstros que disseminaram a barbárie nos últimos dias pelo Brasil. Sim, o
pecado faz de nós animais, bestas selvagens cuja única racionalidade é a
irracionalidade. Todo pecado faz isso, todo. Eu ouvi cético às explicações dos
jornalistas, comentaristas e entrevistados sobre as causas dos atos de
brutalidade ocorridos em Salvador, Belém, Rio, São Paulo e tantas outras
cidades. As análises são todas muito interessantes, mas a verdade é que a raiz
de tudo o que vi, cada vidraça quebrada, cada gota de sangue derramado, cada
poste derrubado, cada cabine da polícia incendiada... é esse terror invisível
que carregamos dentro de nós chamado pecado.
E, por mais que tenha ficado alegre com as medidas que a presidenta diz
que tomará, no fundo sei que nada adiantará. Porque tudo o que é feito no
âmbito social fica no exterior do homem e, portanto, é paliativo. Qualquer
atitude que se tome só vai amainar as coisas, nenhuma solução humana é solução.
Pois o problema, a raiz, a origem de tudo isso é o pecado. E pecado não se
resolve com canetadas, decretos ou mobilizações sociais. Só se resolve com
Jesus de Nazaré.
Diante disso, fiquei pensando: qual é o nosso papel, como cristãos,
diante desse cenário infernal que viraram nossas ruas? O que a Igreja (eu e
você) devemos fazer? Organizar manifestações? Emitir notas públicas de repúdio?
Eleger mais pastores em cargos públicos? Gritar palavras de ordem? Criar
hashtags no Twitter? Escrever mais posts sobre a violência no Brasil em blogs?
Nada disso. Tudo isso é correr contra o vento. Simplesmente porque nada disso
elimina o pecado da humanidade. Se a Igreja quiser ser Igreja tem de lutar com
as armas de quem foi "chamado para fora". Ou seja: tem de lutar com
armas diferentes das que usam os que "estão dentro". Deixemos as
marchas, passeatas, entrevistas coletivas, notas oficiais em sites
institucionais e outras coisas do gênero para a sociedade não cristã. O nosso
papel é proclamar Cristo. Pregar o evangelho. Anunciar as boas novas de salvação.
A lógica é simples e existe há dois mil anos: só existe uma cura para o
pecado. O remédio se chama Jesus. Eu e você sabemos disso. O mundo não sabe.
Por isso temos de levar essa cura aos que estão doentes. Contra os violentos
levemos o Príncipe da Paz. Contra os sanguinários levemos o manso Cordeiro.
Contra os depredadores levemos o reconstrutor. Contra os que matam levemos quem
dá vida. Os royalties do petróleo não vão salvar do pecado os baderneiros
mascarados. Nem bombas de gás lacrimogêneo. Tampouco tropas de choque. Projetos
sociais menos ainda. A Copa do Mundo também não. Grupos de trabalho da
presidência não tiram o pecado do mundo. Toda solução possível é apenas
assoprar o ferimento, não arranca a raiz do problema.
Propor Jesus como solução para a crise no Brasil não é ser simplório.
Não é ser ingênuo. Não é espiritualizar uma realidade concreta. Não é ser bobo.
Propor Jesus como a solução do caos no Brasil é ser bíblico. É ser cristão. É
propor a única cura possível para a única causa de tudo o que está acontecendo.
Quer colaborar para o fim da violência em nosso país, meu irmão, minha irmã?
Pregue a Cristo, e ele crucificado. Anuncie o evangelho verdadeiro. Proclame a
salvação da cruz. Abra a boca! Homens livres do pecado, redimidos, restaurados,
nascidos de novo não depredam, não roubam, não batem, não apedrejam, não
incendeiam, não agridem, não ofendem, não machucam, não brigam, não matam.
Homens livres do pecado são pacificadores, humildes de espírito; têm domínio
próprio, amor, benignidade, bondade, olhos meigos e um tom de voz suave. São a
imagem de Cristo.
As imagens da violência e da brutalidade em nosso país conclamam a mim e
a você para a ação. Mas, se eu e você somos cristãos, a nossa ação não pode ser
a mesma do mundo. O mundo sabe organizar manifestações, fazer grupos de
trabalho e convocar mais policiais. Deixe o mundo fazer o que o mundo sabe
fazer, pois essas são as soluções que ele conhece. Eu e você temos de fazer
aquilo que o mundo não sabe: proclamar Deus. Brilhar a luz de Cristo nas
trevas. Apresentar a cruz. Você é um embaixador do reino. Então aja como tal. O
pecado está pondo as garras para fora e todos estão vendo, pois está sendo
exibido em rede nacional de TV. Mas será que alguém está vendo Jesus? Não, não
está. Porque isso os telejornais não mostram. Logo, mostrar Cristo e divulgar
sua mensagem compete a mim e a você.
E aí, o que você vai fazer a esse respeito? Ver mais um jogo de futebol?
Paz a todos vocês que estão em Cristo - para que possam levar essa mesma
paz a todos aqueles que não estão.
Maurício
Maurício
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