sábado, 19 de maio de 2012

A RELIGIOSIDADE SEM DEUS


Por Eliseu Antonio Gomes
Do blog Belverede

É muito triste encontrar pessoas dedicadas à religião, porém, desconhecedoras de Deus, embora acreditem que o conheçam.

O apóstolo Paulo chamou a atenção de todos nós, ao lembrar que o exercício religioso é um potente alimento da carne. Ou seja, nem sempre praticar religião é sinônimo de caminhar no Espírito (Colossenses 2.20-22; Gálatas 5.16-23).

Considero importante a reunião regular em uma igreja, mas jamais o estatuto de uma instituição humana poderá estar em mais alto conceito do que os mandamentos do Senhor. A partir do momento que uma pessoa troca esses valores, ela passa de espiritual para alguém meramente religiosa.

Sou favorável à erudição, porém é preciso lidar com ela com equilíbrio. Há quem valorize mais os diplomas de academia teológica do que as Boas Novas do Senhor. Usam nomenclaturas extrabíblicas - arminianismo, calvinismo, etc - para reprovar a fé alheia.

Religiosos não se dedicam ao crescimento do reino de Deus, mas ao crescimento de uma denominação ou movimento, à expansão de uma ideia ou filosofia. Assim como torcedores de times de futebol empunham bandeiras e usam uniformes, os religiosos torcem por uma placa denominacional e defendem teorias e regras criadas por homens. Ou seja, mesmo portanto uma Bíblia não têm o conteúdo bíblico como regra de fé e conduta. Para eles está em primeiro lugar o credo da instituição a que pertencem e não o Evangelho de Cristo que nos ordena amar, mesmo que citem o nome de Jesus e trechos do Antigo e Novo Testamento em seus argumentos.

Os religiosos colocam o ponto de vista humano acima do mandamento do amor a Deus e ao próximo. São portadores de orgulho denominacional. São propensos a agredir, de maneira verbal e às vezes até física, em defesa de seu grupo e interesses. Consideram que esse tipo de falta de amor é prestação de serviço ao Senhor.

Faz um bom tempo que eu decidi parar de conversar sobre as Escrituras Sagradas com religiosos fanáticos, porque percebi que eles consideram todos os discordantes como inimigos.

A minha decisão em parar de conversar com religiosos fanáticos foi porque eles, apaixonados pela causa terrena, perdem a compostura objetivando fazer prevalecer à opinião da religião que estão agregados. Como praticar inimizade os expõe como carnais, douram a pílula usando eufemismo, dizem opinar negativamente em nome da apologia cristã. Dizendo fazer uso da apologética sentem-se livres para classificar desafetos e "concorrentes" como lobos em pele de cordeiro, mercenários e hipócricas.

Leitor (a), todo cuidado é pouco. Não é porque alguém recebe adjetivos de outra, que se apresenta com título de apologista cristão, que de fato o alvo da crítica seja o que é dito que ela é. Não se apresse em deduções e nem se deixe guiar por julgamentos de irmão contra irmão. Existe uma indústria se alimentando com essa pseudo-apologética cristã. São produzidos livros, DVDs, palestras. Há quem esteja ganhando muito dinheiro com a realização de maledicência, julgamentos injustos.

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” – João 13.35.

“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” – Romanos 13.10.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” – 1 João 4.8.

E.A.G

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


"O  PONTO  CHAVE"

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo”. (Hebreus 1.1 e 2).
                                      
“PONTOS  A  SEREM   CONSIDERADOS”


1-A EXORTAÇÃO DE ISAÍAS 

Quando vos disserem: consultem os que têm espíritos familiares (necromantes) e os feiticeiros (adivinhos), aqueles que murmuram em segredo nos seus encantamentos respondam: “acaso não consultará um povo a seu DEUS? Há de ir a favor dos vivos consultarem os mortos”? Á LEI e ao TESTEMUNHO! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva. (Is 8.19,20).

2= A AFIRMAÇÃO DE JESUS
      
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a Vida Eterna; e são elas mesmas que dão testemunho de mim; mas não quereis vir a mim para terdes vida.” (João 5. 39,40).

3= A PRÁTICA

“E logo, durante a noite os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréa e tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Estes eram mais nobres do que aqueles que estavam em Tessalônica, pois receberam a Palavra com toda a avidez examinando diariamente as Escrituras para ver se as coisas eram de fato assim”. (At 17,10/11)

PONTOS   DE  REFLEXÃO

No espaço anterior (pontos a serem considerados) vimos três situações distintas em épocas distintas, com pessoas distintas, mas que têm entre si um elo substancial. As três passagens que constam na Bíblia mostram uma necessidade de vigilância ininterrupta, além de alertar para o sentido de buscar somente em DEUS o direcionamento exato, para que não corramos o perigo de tomar decisões precipitadas, ou o que é pior: fecharmos nossos olhos e o nosso entendimento a respeito daquilo que Deus está nos falando.
Na 1ª colocação o profeta ISAIAS pondera sobre o bom senso das pessoas, explicando que ao receber a ordem para consultar os poderes ou forças ocultas, um povo realmente centrado na fé sempre irá responder que o correto é: “antes da execução da ordem, deve-se consultar primeiro ao seu DEUS.”
Na 2ª colocação JESUS em um momento de discussão com aqueles que diziam conhecer a lei, mostra que os mesmos não a consultavam com cuidado, zelo e imparcialidade, pois no mesmo texto da Escritura, onde era ensinada a maneira de conquistar a “vida eterna”, também era ensinado que essa conquista somente se daria através DELE, e, no entanto eles não conseguiam vislumbrar a verdade.
Na 3ª colocação é mostrado com toda clareza, o modo correto que todo cristão deve adotar em relação aos ensinos sobre a “Palavra de Deus”. Mesmo que conheçamos, confiemos e admiremos as pessoas que possuem grande saber e conhecimento bíblico devemos: conferir, examinar, analisar e refletir sobre os ensinos e colocações dessas pessoas, posicionando-os à luz da Bíblia para que tenhamos a certeza de não haver discrepâncias com a sã doutrina, pois o não cumprimento desse salutar e necessário hábito tem contribuído com praticas indevidas e tem dado permissão à continuidade de determinadas interpretações equivocadas e duvidosas como as que serão mostrados no próximo tópico.
                                       
  PONTOS DE DISCUSSÃO

1- Na 2ª epístola de Paulo aos tessalonicenses lemos uma recomendação que se encontra no capitulo 2, versos 3 e 4: “Ninguém de modo algum, vos engane, porque isto (2ª vinda de Jesus) não sucederá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus”.                                 

O DESVIO: Ao não fazer um exame rigoroso de todo o contexto, determinados comentaristas associam tanto o “homem da iniqüidade”, quanto “o filho da perdição”, à “besta” de apocalipse 13, e consideram o texto de PAULO como sendo uma descrição literal da manifestação do anticristo, e alguns desses intérpretes, vão mais além, ensinando que o Templo de Jerusalém será reconstruído e esse anticristo, como cumprimento de parte da profecia de Daniel, (SETENTA SEMANAS) profanará o Templo, colocando a sua própria imagem no lugar santo, recebendo ofertas e sacrifícios, ostentando-se como DEUS.    
  
COMENTÁRIO SOBRE O DESVIO: Se estudarmos com todo zelo o texto de Paulo aos tessalonicenses e analisarmos o contexto em sua totalidade, concluiremos que os comentários descritos foram feitos com precipitação e não refletem a realidade da mensagem que Paulo, conforme veremos a seguir:
a- Paulo, o escritor da epistola aos tessalonicenses é o mesmo homem que ao sair de Tessalônica, passou por Beréa e em Athenas pregou no meio do AERÓPAGO onde afirmou que: “o Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo ele senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”... (At 17.24); é o mesmo Paulo que cerca de dois anos após escrever a carta aos tessalonicenses, escreveu a 1ª e 2ª epístola aos corintios, nas quais afirma por três vezes que o SANTUÁRIO de Deus são as pessoas que professam a Jesus Cristo como único SENHOR E SALVADOR: 1ªCo 3.16 “Não sabeis vós que sois SANTUÁRIO de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”. 1ªCo 6.19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é Santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”. 2ªCo 6.16 “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos SANTUÁRIO do Deus vivente como ele próprio disse: habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.
CONCLUSÃO = Ao se fazer uma analise imparcial do texto e contexto pode-se notar com toda nitidez que o “pendulo” da balança está pendendo mais para o “santuário de Deus” ser o homem do que o Templo de Jerusalém.
b- O segundo ponto em foco é de que normalmente as pessoas que pregaram, ensinaram e escreveram o NT, inclusive Jesus, ao se referirem a algo que fosse cumprimento de profecia, ou que representasse ligação com o AT, sempre usaram algum termo explicando essa relação. Ex: COMO ESTÁ ESCRITO; PARA QUE SE CUMPRISSE; COMO FOI DITO etc.

 Fabio Silveira de Faria                                     

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