domingo, 21 de junho de 2015

A ESCOLA BÍBLICA E A CRIMINALIDADE!

ROBERT RAIKES E A PRIMEIRA ESCOLA DOMINICAL NO MUNDO!





                  ESTÃO COLOCADOS EM LETRAS MAIÚSCULAS OS TEXTOS ONDE É MOSTRADA A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOMINICAL NA DIMINUIÇÃO DA TAXA DE CRIMINALIDADE!

A Escola Dominical, como criação de cristãos evangélicos, tem sido reclamada para diversas pessoas, muitas delas metodistas, devido a própria visão social que o Grande Despertamento fazia revelar-se nos líderes avivalistas.
John Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórgia, em 1737. Entre 1763 e 1769, Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos dominicais em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja (Anglicana) High Wycombe. Na década de 1770, o Ministro Unitariano Theophilus Lindsey proveu lições bíblicas dominicais em sua igreja, a Capela da Rua Essex, em Londres. O Rev. J. M. Moffatt,, Ministro Independente de Nailsworth, passou a lecionar estudos bíblicos dominicais já em 1774. Em Ephata, Pennsylvania, em Washington, no Estado de Connecticut, no início de 1780 já se usavam o Catecismo de Westminster e a Bíblia em estudos bíblicos dominicais das igrejas presbiterianas. Howard J. Harris declarou que, em 1780, estudos bíblicos dominicais eram feitos em cidades de Gloucester e em vilas da Inglaterra, como Painswick e Dursley. E um ministro metodista de Charleston, Carolina do Sul, em 1787, chamado George Daughaday, administrou estudos bíblicos dominicais a crianças negras americanas.
MAS O MOVIMENTO DE ESCOLA DOMINICAL, PROPRIAMENTE DITO, TEVE COMO CRIADOR ROBERT RAIKES.
[Robert Raikes (14 de Setembro de 1735-5 de Abril de 1811), filho de Robert e Mary Raikes, foi quem originou o Movimento de Escola Dominical.]
Anglicano, Raikes foi batizado na infância na Igreja (Anglicana) de Santa Maria da Cripta e educado na Escola da Cripta, ambos na Rua Southgate, em Gloucester, e, mais tarde, na Escola dos Reis. Tornou-se aprendiz de Jornalismo com seu pai, dono do Diário de Gloucester. Quando seu pai faleceu, em 1757, Raikes assumiu a editoria do jornal, aumentando o tamanho do jornal e melhorando o layout.
RAIKES SE INTERESSAVA PELA REFORMA PRISIONAL INGLESA, POR CAUSA DAS CONDIÇÕES TERRÍVEIS ÀS QUAIS OS PRESOS ERAM SUBMETIDOS.
Certo dia, procurando um jardineiro na Rua Saint Catherine, no bairro de Sooty Alley, ele encontrou um grupo de crianças maltrapilhas brincando na rua. A esposa do jardineiro disse, então, que aos domingos a situação era pior, pois as crianças que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, durante horas muito longas, ficavam desocupadas nesse dia, quase abandonadas, passando o tempo brincando, brigando e aprendendo toda espécie de vícios. Elas extravasavam toda sorte de violência nesse dia. Essas crianças constatou Raikes, estavam a um passo do mundo do crime e ele chegou a ver o destino de muitas delas, ao visitar as prisões de Gloucester.
Raikes resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Então, Raikes contratou uma equipe de quatro mulheres no bairro para lecionar, recebendo um xelim e seis pence, cada uma. Com a ajuda do Rev. Thomas Stock, Ministro Anglicano, Raikes pôde logo associar cem crianças, de seis aos doze ou quatorze anos, nestas escolas dominicais. A primeira foi instalada na Rua Saint Catherine. Seu objetivo principal não era ensinar a Bíblia, mas alfabetizar os alunos e ministrar aulas de religião com o propósito de reformar a sociedade.
O objetivo último era modificar-lhes o caráter usando os ensinamentos bíblicos.
Assim, a Escola Dominical nasceu como um instituto bíblico infantil, operando de forma independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bíblia às crianças carentes. Algumas crianças, a princípio, relutaram em vir para as escolas porque as suas roupas estavam tão rotas, mas Raikes providenciou tudo de que eles precisavam, inclusive banho e cabelos penteados.
As aulas começavam às 10 horas da manhã e iam até as duas da tarde, com lições de matemática, história e inglês, com um intervalo de uma hora para o almoço. Eles eram levados então à igreja para serem instruídos no catecismo até as 17:30 h. Recebiam pequenas recompensas, como livros, canetas, jogos, aqueles que tivessem dominado a lição ou aqueles cujo comportamento tivessem mostrado uma melhoria notável. Entrementes, recebiam castigo corporal aqueles de mau comportamento, como era do costume pedagógico da época.
Depois de um período experimental, Raikes divulgou suas ideia e os resultados em seu jornal, no dia 3 de Novembro de 1783, data em que se comemora, na Grã-Bretanha, o dia da Fundação da Escola Dominical. Esta experiência foi transcrita em outros jornais. Líderes religiosos tomaram conhecimento do movimento que se espalhava.
Em 1784, eram 250 mil alunos matriculados.
A TAXA DE CRIMINALIDADE DE GLOUCESTER CAIU COM O ADVENTO DAS ESCOLAS DOMINICAIS DE RAIKES, DE FORMA QUE EM 1792 NÃO HOUVE UM SÓ CASO JULGADO PELA COMARCA DE GLOUCESTER.
O trabalho de Raikes foi saudado com entusiasmo, e em breve, escolas dominicais já estavam sendo criadas em todo o Reino Unido e exportadas para os Estados Unidos. Seu trabalho foi muito assessorado pelo comerciante William Fox (1736-1826), diácono da Igreja Batista da Rua Prescott, em Londres.
 IMPRESSIONADO PELAS ESCOLAS DOMINICAIS FUNDADAS POR RAIKES QUE ERAM RESPONSÁVEIS PELA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE CRIMINALIDADE DE GLOUCESTER, FOX CHAMOU RAIKES PARA FORMAR UMA ASSOCIAÇÃO PARA PROMOÇÃO E CRIAÇÃO DE ESCOLAS DOMINICAIS. 
Então,em 1785 foi criado a Sunday School Society of Great Britain (Sociedade da Escola Dominical da Grã-Bretanha), com o apoio dos bispos anglicanos de Chester e Salisbury. Essa sociedade foi ajudada por muitos filantropos, podendo abrir cerca de trezentas escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e professores. Esta sociedade publicou, na gráfica de Raikes, o Sunday School Companion, livro com versículos bíblicos para leitura. Em 1787, segundo depoimento de Samuel Glasse, 200 mil crianças eram alunas da Escola Dominical em toda a Inglaterra.
Houve, no entanto, uma forte oposição ao movimento de Raikes, que era considerado por alguns líderes religiosos como um movimento diabólico, porque era à parte das Igrejas e era dirigido por leigos, isto é, pessoas que não tinham formação religiosa. O Arcebispo de Canterbury reuniu os bispos para considerar o que deveria ser feito para exterminar o movimento. Chegou-se a pedir que o Parlamento, em 1800, aprovasse um decreto para proibir o funcionamento de escolas dominicais. Achavam que este movimento levaria à desunião da Igreja e que profanava “o dia do Senhor”. Tal decreto nunca foi aprovado.
Em 1802, Raikes se aposentou, e, em 1811, após um ataque de coração, veio a falecer. Seus alunos vieram ao funeral, na Igreja (Anglicana) de Santa Maria do Filão e receberam da Sra. Raikes um xelim e uma fatia de um grande bolo de ameixa cada um. Quando Raikes faleceu, quatrocentos mil alunos estavam matriculados nas diversas escolas dominicais britânicas. Nesse ano ocorreu a divisão em classes, possibilitando alfabetização de adultos.


FABIO S. FARIA



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sábado, 20 de junho de 2015

MUNDICO E A LEITURA DA BÍBLIA!


         Mundico se apaixonou perdidamente por uma linda donzela chamada Rosinha, razão pela qual se ausentou da família e abandonou o trabalho de vaqueiro, pois o seu desejo era oferecer à amada uma vida diferente da vivida naquela fazenda do interior. Com a mente cheia de projetos, o coração repleto de esperança, mudou para a capital deixando a fazenda onde sempre viveu. 
        Por ser um rapaz forte e trabalhador rapidamente conseguiu trabalho como servente em uma grande obra.
            A família de Mundico, por ser analfabeta lhe enviava notícias por meio de bilhetes/cartas escrito por pessoas amigas que residiam na pequena cidade próxima à fazenda. Na capital, alguns colegas do trabalho além de ler as cartas para Mundico, também eram os responsáveis por escrever a resposta.  
             Certo dia, por julgarem que o assunto era de alta importância, a família de Mundico pediu ao Dr Januário, -- o único advogado daquelas redondezas -- a gentileza de escrever uma carta de verdade, e este após ouvir atentamente o que a família desejava informar assim escreveu: 
    “Amado filho e irmão, o motivo principal desta é o de lhe informar que, João do açougue, um mastodonte xucro e mandrião, agindo de maneira não consuetudinária, desprezou por completo o caminho consensual, e totalmente dominado pela impudicícia deixou vir à tona seu caráter impudente. De forma avassaladora invadiu a casa da fazenda, e enfartado de desejos lúgubres arrebatou Rosinha da lida da cozinha, a conduzindo ao leito situado no quarto contíguo, para ali  consumar seu ato impudico.”
      Tão logo Mundico recebeu a carta a entregou a um colega para que fizesse a leitura, e quando este texto foi lido, o desespero dominou os dois, pois além de não entenderem o significado real daquelas palavras, ainda se aventuraram a fazer uma série de conjecturas iniciando-as com a suposição de que Rosinha estivesse tendo um caso amoroso com João. A partir deste instante  não lhes foi possível ter outro pensamento, muito menos continuar a leitura até o fim.
      Mundico louco de ciúmes se dirigiu até a rodoviária a fim de ir até sua cidade de origem, e enquanto esperava chegar o momento do embarque sua mente fervilhava de ideias sobre qual seria a melhor forma de fazer justiça.
       Mataria somente João, mataria apenas Rosinha, ou mataria os dois? 
        Neste momento, uma senhora  - Dª Laudelina - penalizada em ver o rapaz em prantos, lhe falou amigavelmente, e se propôs ajudá-lo. Mundico enxugou as lágrimas, narrou em detalhes o motivo de sua angústia e lhe entregou a carta.
Após lê-la por completo, Dª Laudelina abriu um largo sorriso, e com toda calma, além de explicar ao rapaz o significado de cada palavra, leu pausadamente em voz alta o complemento da notícia: 
               "Mas naquele momento angustiante, a sorte se fez parceira da linda donzela, e o sr Euclides  nosso honradíssimo capataz adentrou o recinto impedindo a consumação do infame e trágico ato.”


                                          [A HISTÓRIA DE MUNDICO NÃO É REAL, PORÉM NOS INCENTIVA A REFLETIR SOBRE A MANEIRA COMO A BÍBLIA TEM SIDO LIDA POR MUITOS CRISTÃOS, NOS ALERTA COMO O NÃO CONHECIMENTO DO SIGNIFICADO DE ALGUMAS PALAVRAS AFETA O ENTENDIMENTO BÍBLICO, NOS MOSTRA O QUE ACONTECE COM OS OUVINTES DE PALAVRAS EMITIDAS PELA BOCA DE PESSOAS NÃO PREPARADAS, E AINDA RETRATA A FORMA COMO MUITOS TÊM COLOCADO EM PRÁTICA AS FALSAS LEITURAS E AS FALSAS INTERPRETAÇÕES!]

                                              QUE TAL REFLETIRMOS SOBRE ISTO?

Fabio S. Faria.






 

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